sábado, 27 de abril de 2013

Texto : " Quanto mais regular a rotina sexual, mais felizes as pessoas são..."

 

 


​Segundo uma pesquisa feita na University of Colorado Boulder, nos Estados Unidos, não basta ter casa, caro ou emprego melhor do que os vizinhos. Acreditar que sua vida sexual é melhor do que os moradores das casas ao redor é fator crucial para a felicidade.

A informação é do professor de sociologia Tim Wadsworth que analisou dados coletados entre 1993 e 2006 para a General Social Survey, pesquisa feita desde 1972 e monitorada pela Sociedade Americana de Psicologia.


No total, as respostas de 15.386 pessoas foram analisadas e disseram que achavam que eram 'muito felizes', 'felizes' ou 'infelizes'.

Foram vistos dados como renda, status do relacionamento, saúde, idade e também a vida sexual. Segundo a análise, quanto mais regular era a rotina sexual, mais felizes os participantes pareciam. Aqueles que mantinham relações uma vez por semana eram 44% mais felizes do que os que não praticaram por um ano. Enquanto os que mantinham relações de duas a três vezes por semana, demonstraram ser 55% mais felizes.


Mas não basta fazer, é preciso acreditar que a vida sexual é melhor do que a dos amigos. Aqueles que mantinham rotina, mas acreditavam que os colegas se divertiam mais, demonstraram ser mais infelizes do que os que apostavam ter vida sexual melhor.

O pesquisador calculou que uma pessoa que mantinha relações duas ou três vezes por mês, mas acreditava que algum colega fizesse sexo uma vez por semana, demonstrava queda no índice de felicidade em torno de 14%.


"Há um aumento geral da ideia de bem estar associada ao sexo, mas há outros aspectos ligados a isso", disse Tim ao jornal Daily Mail.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Texto : "Abraço, beijo e sexo ..."

Um bom sexo pode diminuir estresse e pressão arterial





Existe mais um motivo para abraçar as pessoas, além de demonstrar carinho, de acordo com um novo estudo. Um pesquisador da Universidade de Viena descobriu que abraçar a pessoa amada alivia o estresse, ansiedade, regula a pressão arterial e melhora a memória. No entanto, abraçar um estranho pode provocar o efeito contrário. As informações são do Huffington Post.

Especialistas acreditam que os benefícios se devem ao hormônio oxitocina: um abraço simples parece aumentar os níveis do “hormônio do amor”. A substância parece ter um efeito mais potente sobre as mulheres do nos homens e é ideal após um dia duro de trabalho.
 


Outros gestos também podem ajudar na produção de oxitocina:

Falar: mesmo sem o contato direto, conversar com o parceiro pode ajudar a regular a pressão arterial, em comparação com bater papo com uma pessoa menos significativa, além de fortalecer o relacionamento.

Beijar: o beijo aumenta o nível de oxitocina e diminui o cortisol (hormônio do estresse).


Sexo: além de relaxar, você queima calorias e aumenta o número de um anticorpo específico no combate a resfriados. As relações sexuais também promovem sono de mais qualidade.

sábado, 20 de abril de 2013

Texto : "Swing - Será que o voyerismo apimenta a relação ?"

A fim de dar um "up" na relação na cama há casais que estão recorrendo às casas de swing.


 



Mas não é para praticar, não, mas apenas para observar. E segundo o casal swinger Kelly e Bruno, ambos de 25 anos, proprietários da loja Sexy Cherry essa técnica pode dar certo.

O voyerismo em casas e festas de swing pode deixar o casal cheio de ideias para novas aventuras. "Estar num ambiente sensual ajuda a aflorar o lado sexual dos parceiros, muitas vezes apagado pelo tempo de relacionamento", pensa Kelly. "E isso não serve somente para a hora que estão lá. Durante semanas eles ficarão com as cenas na cabeça, aumentando assim seus pensamentos referentes ao sexo."

 


A ideia de ir a uma casa de swing para apimentar a relação só funciona se a relação dos parceiros estiver solidificada. A prática não vai salvar o casamento de ninguém. "Para um casal que não se entende mais o swing trará mais desentendimentos. Swing não salva casamento, mas pode melhorar casamentos bons que estão precisando de algo a mais", garante Kelly.

Para os casais iniciantes, a swinger disponibiliza um manual. Ele indica que o local mais adequado para quem quer somente observar são casas de swing e baladas liberais. Isso porque os encontros em motéis e residências com algum casal ou single (homens e mulheres solteiras) a obrigatoriedade de fazer sexo pode desagradar.

 


Na opinião da terapeuta de casal, sexual e urologista Sylvia Faria Marzano, quando o casal pratica o voyerismo pode ser que esteja observando um modo de fazer sexo que gostaria de ter. Isso até pode servir para estimular os parceiros que querem permanecer juntos.

Mas mesmo assim, ela defende que para a melhora da relação sexual, em primeiro lugar, o parceiro deve conhecer seu próprio corpo e o do outro. Cada um deve saber como gosta de ser tocado e estimulado e quais são seus pontos eróticos. "Em um relacionamento fugaz, como parece acontecer em uma casa de swing, não dá para aprender como o corpo do outro responde melhor. Isso demanda tempo de relacionamento, descoberta, observação."




Assim como Kelly, Dra. Sylvia é firme ao falar que práticas desse tipo não salvam casamento. "Se a relação está falindo a causa não é só sexual, embora muitos atribuam esse desajuste do casal à falta de sexo", diz. E completa: "Temos que cuidar para que, principalmente as mulheres, não se abusem psicologicamente, aceitando uma ida a uma casa de swing sem estarem preparadas, só porque o parceiro quer dar uma ‘reciclada’."



A terapeuta pensa que para reativar o sexo na relação o casal precisa investigar: por que o sexo diminuiu? O que contribuiu para que a excitação não exista mais? Quais as expectativas do casal em relação a estar junto que não se confirmou? Por quanto tempo o casal se permite estar sozinho? Existe alguma individualidade dos parceiros, ou eles se colocam como metades da laranja? "Se o casal está com dificuldades o ideal seria procurar ajuda com um terapeuta", finaliza Sylvia.

Texto : Sexo - Como esquentar o clima com estilo "

Cardápio do dia: mensagens safadinhas e provocações.




Uma boa transa é algo divino, mas esse é o ápice de muitos outros estímulos deliciosos que podem acontecer ao longo do dia, que tal preparar o terreno para hoje? Aposto com você que esse esquenta vai fazer ferver.

Não deixe-o perceber que você tem alguma coisa endiabrada na mente, mas comece o ritual de provocação logo cedo, com mensagens picantes via celular, não importa se vocês moram juntos, faça assim mesmo.



Diversas atividades estão programadas para hoje, dedique um tempinho, enquanto toma café na copa da empresa, ou quando for ao banheiro e continue.

Tivemos umas ideias para você infernizar a vida do seu homem, no bom sentido, é claro:

- Se vocês moram juntos, quando for se vestir de manhã, faça na frente dele, pegue a lingerie mais linda e coloque rapidinho, mas de uma forma sensual, e saia do quarto. Se não leve na bolsa uma calcinha abusada só pra ele ver você vestindo isso.

- Antes da hora do almoço comece a mandar mensagens via celular, mas nada de romantismo, deixe o cara totalmente perdido. Sucesso e nova ereção matinal garantida.
 



- Depois de um tempo ligue para ele, e faça uma voz de gatinha, não precisa ser estilo telesexo, mas seja convidativa. Fale que está tão ansiosa para a noite, que não está nem trabalhando direito. Solte a imaginação, mas seja rápida e desligue logo.


- E no "gran finale", nada de pressa, nada de rasgarem as roupas, rapidinha é bom, mas hoje não é dia para isso. Aproveite o momento, deixe umas guloseimas à mão para vocês nem saírem do quarto, um vinho, comidinhas leves, queijinho e algumas frutas.

O resto é com vocês.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Texto : "Dicas para um 69 inesquecível"

O 69 nada mais é do que o sexo oral praticado simultaneamente por um casal. É uma posição que possibilita que homem e mulher deem e recebam muito prazer.




A troca nesta prática é marcante e, com isso, se bem-feito, faz com que haja uma sintonia perfeita entre os parceiros, o que, com certeza, só vai melhor a sua vida sexual.

No entanto, mesmo o sexo oral sendo encarado com menos pudores, o famoso 69, especificamente, é tratado como tabu. Segundo Fátima Moura, sensual coach, ele ainda é visto como algo estranho, causando desconforto entre o casal, que deveria conversar mais para aproveitarem diferentes práticas sexuais e, assim, descobrirem novas formas de prazer.

Então, para fazer o 69, ela acredita que o primeiro ponto que homem e mulher precisam perceber é se realmente ambos se excitam e têm tesão na prática.
 



"Isso é obrigatório! Os dois devem sentir prazer", destaca a especialista, acrescentando que é melhor não esquecer caso um dos parceiros esteja fazendo por obrigação, só para agradar o outro. Afinal, trata-se de uma modalidade sexual de troca.

Resolvido em comum acordo que o 69 é uma posição excitante e de interesse de ambos, é só ter alguns cuidados e saber como estimular o parceiro. Dessa forma, os dois terão uma experiência diferente, cheia de cumplicidade e, claro, muito prazerosa. Para isso, Fátima dá 9 dicas a seguir.

1- Antes de qualquer coisa, é fundamental higiene. "Pode-se apostar em um banho juntos", destaca Fátima.

2- Mulheres atenção! A sensual coach recomenda que os pelos pubianos estejam aparados, para não causar constrangimento e tornar o momento desagradável.

3- Nem pensar em fazer juras de amor. "Este, definitivamente, não é o momento para conversar. Afinal, a concentração é importante para dar e receber prazer."
 


4- Cuidado com a empolgação! Movimentos muitos rápidos ou aplicá-los com força podem incomodar ou até mesmo machucar o parceiro.

5- Caso um dos parceiros use aparelho dentário, é preciso atenção redobrada para evitar acidentes, principalmente, as mulheres.

6- Quanto à posição, é possível adotar a mulher por cima ou de lado.



7- No caso das mulheres, procure explorar todo o corpo do pênis, usando a boca, a língua e as mãos, alternando movimentos delicados e mais rápidos. "Não se esqueça do saco escrotal, mas seja mais delicada, pois ele é mais sensível", adiciona Fátima.

8- Os homens ao fazerem sexo oral devem usar dedos e língua para tocar clitóris e grandes e pequenos lábios, explorando com beijos, lambidas, toques de leve etc. Também pode penetrar a vagina.

9- A forma para fazer um 69 inesquecível é tocar o parceiro e observar suas reações. "O corpo fala. Então, é preciso que ambos fiquem atentos, pois, com certeza, perceberão o que dá mais prazer um ao outro."

terça-feira, 16 de abril de 2013

Texto : "Falta de libído é a principal queixa de 65 % das mulheres"

Desinteresse pelo sexo está ligado a fatores emocionais...


 


O Hospital das Clínicas da FMUSP, chama atenção para um tema que, ainda considerado tabu, é o responsável pelo maior número de queixas registradas no Ambulatório de Sexualidade da Ginecologia: a falta de libido feminina.

Levantamento feito pelo HC mostra que 65% das mulheres que procuram o ambulatório se queixam de falta de libido. Por mês, o HC registra entre 150 e 200 pacientes no ambulatório, sempre encaminhados por outras unidades de saúde. Dessas, além das 65% que reclamam da falta de libido, 23% sofrem de anorgasmia (ausência de orgasmo) e 13% se queixam de "vaginismo" (contração involuntária de músculos próximos da vagina).


Elsa Gay, sexóloga do HC, explica que são mulheres que procuram a clínica em busca de um medicamento, uma fórmula mágica para o problema, cuja prevalência independe da idade e do extrato social.

Na maioria dos casos, o desinteresse pelo sexo está ligado a fatores emocionais, sendo um dos motivos mais reclamados a monotonia conjugal. A diminuição do desejo pode acontecer já no segundo ano de casamento.



No ambulatório do HC, as pacientes são submetidas à terapia cognitiva comportamental em grupo. O tratamento leva oito semanas e os resultados dependem de como a mulher vivencia a sua sexualidade, como ela lida com o seu desejo, com o seu medo, com o seu corpo e com as suas fantasias.

Segundo a sexóloga, durante o tratamento a mulher aprende a investir no relacionamento e a trabalhar a sexualidade, hoje relegada em último plano, em função dos diferentes papéis que desempenha no seu dia-a-dia. A partir daí, a paciente passa a conhecer o corpo, comunicar e negociar com o parceiro para evitar, inclusive, o sexo por obrigação.


A sexóloga afirma que a menopausa também não é justificativa para perda de libido.

De acordo com Elsa, descobrir o seu próprio erotismo, imaginar e estimular a fantasia são fatores que tornam a vida sexual mais prazerosa, em qualquer idade.

Texto : "Stress pode levar tanto a compulsão como a perda da libído"

A insatisfação sexual, a perda de libido versus o desejo constante de fazer sexo domina a mente de diversas pessoas.





"... o dia a dia pode ser cansativo, mas a diminuição da libido pode não ter nada a ver com essa correria toda ..."
Ora a pessoa sente-se mal por não desejar mais ter atividades sexuais justificando isso devido à correria do dia a dia, ora justifica um desejo desenfreado por sexo para escapar do estresse ou de uma rotina enfadonha.

Ambos os casos precisam ser vistos e revistos com seriedade. É importante que tenhamos uma conexão sexual com nosso parceiro(a).


Se você sente que foge disso e não quer mais saber de contato, já perguntou-se o real motivo?

Sim, o dia a dia pode ser cansativo, mas a diminuição da libido pode não ter nada a ver com essa correria toda. Muitas vezes os motivos estão escondidos em relacionamentos sem diálogo, excesso de brigas e insatisfação com o outro.

Motivos que levam à falta da libido

Vamos dar uma olhada e pensada em motivos reais (emocionais) que podem fazer com que você sinta vontade de fugir na hora h:

- O casamento já está desgastado e vocês não falam sobre isso;

- Você se sente sempre numa rotina e não modifica a situação. Há quanto tempo você não surpreende ou é surpreendido(a) pelo parceiro (a)? Pequenos gestos como presentinhos, recados e bilhetinhos podem fazer toda a diferença;


- Problemas ligados ao estresse e problemas hormonais;

O mais importante é não deixar o tempo passar. A falta de estímulo sexual pode nos deixar mais ansiosos, cansados e com baixa autoestima.

Motivos que levam à compulsão sexual

Por outro lado, temos o segundo grupo que pelos mesmos motivos acima citados, começam a buscar o sexo desenfreado e podem chegar a uma compulsão sexual precisando desesperadamente de sexo com estranhos todos os dias, como forma de vício para liberação de endorfina e alivio de estresse.

O sexo quando compulsivo causa dor ao individuo, pois ele se vê escravo da necessidade sexual.

É importante que você pense se o sexo está na sua vida de forma ilimitada, desenfreada e por quê?
 


Do que você estaria fugindo, sente-se mal emocionalmente e compensa no sexo?

Pare e pense e se a resposta surgir como: “Não consigo parar e isso me causa dor e também às pessoas que me cercam”, busque uma psicoterapia integrada. Ou seja, um tratamento com psicólogo e psiquiatra, pois provavelmete será necessário o uso de algum tipo de medicação.

Grupos de apoio como o DASA (Dependentes de Sexo e Amor Anônimos) também podem ajudar.
 


O mais importante é pensarmos que o sexo deve ser prazeroso, fazer parte de nossa vida como algo saudável e que nos faça bem ao corpo, alma e mente.

E nunca se esqueça que o nosso corpo é o nosso templo.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Livro : "História de O"

Histoire d'O

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    
A História de O
9782720200311.jpg
Autor (es)Pauline Réage(Anne Desclos}
País França
EditoraJean-Jacques Pauvert
Lançamento1954
Cronologia
Último
Último
Retorno a Roissy
Próximo
Próximo
A História de O (em francês: Histoire d'O) é um romance erótico escrito por Anne Desclos sob o pseudônimo Pauline Réage e publicado na França em 1954.

 

 Sinopse

"O" é uma mulher livre e independente, que é levada por seu amante René a um castelo situado em Roissy, perto de Paris, onde ela se torna uma escrava de René e outros homens. Após esse periodo em Roissy é entregue ao Sr. Stefan que compartilha os direitos de tê-la como escrava com René, aos poucos René se afasta e ela vai sendo apenas do Sr. Stefan que agora submeterá ela aos cuidados de Marie em sua casa, "O" é marcada a ferro quente com as iniciais de seu novo mestre Sr. Stefan e é submetida, por sua própria vontade e consentimento, a uma variedade de práticas sexuais sadomasoquistas.

 Conteúdo

A "O", uma fotógrafa de moda parisiense bem sucedida, se deixa levar sem resistência por seu amante René ao isolado castelo de Roissy. Roissy é uma propriedade particular; no seu interior muitas mulheres são educadas para serem submissas à vontade dos homens. "O" deixa-se ensinar para ser uma perfeita submissa. Como parte de seu treinamento, ela é amarrada, chicoteada, mascerada e aprende para ser a qualquer momento e para todos sexualmente disponível. "O" aprende ser uma escrava submissa, mas ela permanece sempre confiante e consciente do seu poder sobre os homens. Nada acontece sem antes ter sido solicitado a ela.
Depois de completar sua formação, ela, como mais uma prova do amor, concorda com o pedido de René para viver temporariamente com um amigo paternal dele, Sir Stephen, e se submete incondicionalmente aos desejos dele. Sir Stephen revela-se ainda mais dominante que René, por isso O apaixona-se por ele. Como prova final de seu amor, ela passa por um treinamento ainda mais rigoroso, em um lugar habitado e gerenciado exclusivamente por mulheres, denominada Samois. Lá, ela concorda em obter uma marca de ferrete e um piercing em forma de anéis na vagina, como o sinal definitivo de sua submissão.
Tudo é descrito na perspectiva da heroína, cuja vida interior é retratado de uma maneira sutil, sem ser avaliada moralmente ou psicologicamente. É famosa uma cena de violação e tortura em que ela repara que os chinelos de seu amante são gastos e ela teria na próxima oportunidade adquirir novos. Na linguagem e estilo, a obra fica na tradição da literatura clássica francesa. Apesar da temática o livro é escrito sem palavras obscenas.

 Repercussão

Pela qualidade literária e pela considerável coragem com que trata o tema da submissão sexual feminina em um estilo cru e direto, o romance se tornou um dos ícones da literatura erótica do século XX.
O livro provocou fortes reações do público e da crítica, e recebeu o prêmio de literatura erótica Les Deux-Magots, em 1955.

 Autoria

Anne Desclos publicou o romance sob o pseudônimo de Pauline Réage. Quinze anos mais tarde, em 1969, ainda como Réage, publicou uma continuação do romance de O, intitulada Retorno a Roissy.
A real identidade de Pauline Réage só foi revelada em 1994, numa entrevista concedida à revista americana The New Yorker.

Texto : Conhecendo um pouco de Pauline Réage"

Pauline Réage



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



    

Anne Cécile Desclos (Rochefort , 23 de setembro 1907 - Corbeil-Essonnes, 27 de abril 1998) foi uma escritora, tradutora, editora e jornalista francesa, mais conhecida por suas obras de crítica literária e literatura erótica, respectivamente sob os pseudônimos de Dominique Aury e Pauline Réage. [1]

 Vida e obra

Nascida de uma família conservadora e católica, foi abandonada na tenra infância pela mãe, e criada de forma bilíngue (francês e inglês) pela avó, na Bretanha. Estudou mais tarde em Paris, nos Liceus Fénelon e Condorcet, tendo concluído seus estudos de inglês na Universidade de Sorbonne.
Na década de 1920, assumiu o pseudônimo jornalístico de Dominique Aury. Com ele, tornou-se conhecida e respeitada como crítica literária e tradutora, tendo apresentado aos leitores franceses importantes autores anglo-saxões, como Evelyn Waugh, Virginia Woolf, T.S. Eliot and F. Scott Fitzgerald.
No início da Segunda Guerra, conheceu Jean Paulhan, membro da Academia Francesa e diretor da revista literária Nouvelle Revue Française (que mais tarde se tornou a prestigiosa casa Gallimard), onde passou a contribuir. Anne e Paulhan se tornaram amantes, apesar da diferença de idade de 20 anos. Em 1946, Paulhan convidou-a a ocupar o cargo de editora da Gallimard. Durante a guerra, Anne participou do movimento de resistência e publicou uma antologia de poesia erótica francesa. [2]
Anne trabalhou também com o famoso escritor francês André Gide na revista L'Arche.
Em função de sua carreira como crítica literária e tradutora, Dominique recebeu diversas homenagens importantes, como o Prêmio Clarouin (de tradução), o Grande Prêmio da Crítica Francesa e a prestigiosa Legião de Honra da França.
No ano de 1954, em plena maturidade, escreveu, sob o pseudônimo de Pauline Réage, o romance A História de O, que se tornou um dos ícones da literatura erótica do século XX. Nesta obra, com considerável coragem para a época, a autora aprofunda a análise das pulsões sexuais, desmistifica as práticas sadomasoquistas e concede respeitabilidade àqueles que buscam e encontram prazer sexual na submissão e na dor. Quinze anos mais tarde, em 1969, ainda como Réage, publicou uma continuação do romance, intitulada Retorno a Roissy.
A identidade real de Pauline Réage só foi ser revelada em 1994, em uma entrevista concedida à revista americana The New Yorker. Nesta entrevista, Anne contou também ter escrito "A História de O" em resposta ao fato de Jean Paulhan, um admirador da obra do Marquês de Sade, haver dito que "mulheres não eram capazes de escrever romances eróticos".

Texto : "Conhecendo um pouco de Marquês de Sade"

Marquês de Sade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    

Marquês de Sade
Retrato de Sade em 1761
Nome completoDonatien Alphonse François de Sade
Nascimento2 de junho de 1740
Paris, Île-de-France
Reino da França
Morte2 de dezembro de 1814 (74 anos)
Saint-Maurice, Île-de-France
Reino da França
Ocupaçãoescritor
TítuloMarquês de Sade
Donatien Alphonse François de Sade, o Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. De seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros[1]. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.[2][3]

 

Filosofia

Além de escritor e dramaturgo, foi também filósofo de ideias originais, baseadas no materialismo do século das luzes e dos enciclopedistas. Lido enquanto teoria filosófica, "o romance de Sade oferece um sistema de pensamento que desafia a concepção de mundo proposta pelos dois principais campos filosóficos no contexto da França pré-republicana: o religioso e o racionalista".[4] Sade era adepto do ateísmo e era caracterizado por fazer apologia ao crime (já que enfrentar a religião na época era um crime) e a afrontas à religião dominante, sendo, por isso, um dos principais autores libertinos - na concepção moderna do termo. Em suas obras, Sade, como livre pensador, usava-se do grotesco para tecer suas críticas morais à sociedade urbana. Evidenciava, ao contrário de várias obras acerca da moralidade - como por exemplo o "Princípios da Moral e Legislação" de Jeremy Bentham- uma moralidade baseada em princípios contrários ao que os "bons costumes" da época aceitavam; moralidade essa que mostrava homens que sentiam prazer na dor dos demais e outras cenas, por vezes bizarras, que não estavam distantes da realidade. Em seu romance 120 Dias de Sodoma, por exemplo, nobres devassos abusam de crianças raptadas encerrados num castelo de luxo, num clima de crescente violência, com coprofagia, mutilações e assassinatos - verdadeiro mergulho nos infernos.

 Obras de Sade

Duas personagens criadas por Sade foram suas idéias fixas durante décadas: Justine (que se materializou em várias versões do romance, ocupando muitos volumes), a ingênua defensora do bem, que sempre acaba sendo envolvida em crimes e depravações, terminando seus dias fulminada por um raio que a rompe da boca ao ânus quando ia à missa, e Juliette, sua irmã, que encarna o triunfo do mal, fazendo uma sucessão de coisas abjetas, como matar uma de suas melhores amigas lançando-a na cratera de um vulcão ou obrigar o próprio papa a fazer um discurso em defesa do crime para poder tê-la em sua cama. As orgias com o papa Pio VI em plena Igreja de São Pedro, no Vaticano, fazem parte da trama sacrílega e ultrajante do romance Juliette, com a fala do pontífice transformada em agressivo panfleto político: A Dissertação do Papa sobre o Crime. Sade tinha o costume de inserir panfletos político-filosóficos em suas obras. O panfleto Franceses, mais um Esforço se Quiserdes Ser Republicanos, que prega a total ruptura com o cristianismo, foi por ele encampado ao romance A Filosofia na Alcova (Preceptores Morais), no qual um casal de irmãos e um amigo libertino "educam" a jovem Euginè para uma vida de libertinagem, mostrando-lhe aversão aos dogmas religiosos e costumes da época[1].

 Surrealismo e psicanálise

Tanto o surrealismo como a psicanálise encamparam a visão da crueldade egoísta que a obra de Sade expõe despudoradamente. Um exemplo de influência do Marquês de Sade na arte do século 20 é o cineasta espanhol Luis Buñuel, que em vários filmes faz referências explícitas a Sade: em A Idade do Ouro, por exemplo, retrata a saída de Cristo e dos libertinos do castelo das orgias de Os 120 dias de Sodoma. O sadismo também está explícito nas imagens mais surrealistas produzidas por Buñuel, como a navalha cegando o olho da mulher em O Cão Andaluz. Também há fortes referências sadianas em A Bela da Tarde e em Via Láctea, no qual aparece uma Cena em que Sade converte uma indefesa menina ao ateísmo. A influência de Sade pode ser notada também em autores como o dramaturgo francês Jean Genet, homossexual, ladrão e presidiário, que retoma muitos dos temas do marquês, também desenvolvidos em ambientes carcerários franceses.

Questão da homossexualidade

A questão da suposta homossexualidade de Sade ("Terá sido Sade um pederasta?") foi formulada pela escritora francesa Simone de Beauvoir no clássico ensaio 'É preciso queimar Sade? - Privilégios'. A autora conclui pela heterossexualidade de Sade, que sempre amou mulheres tolerantes a suas aventuras, embora tivesse um comportamento sexual atípico, defendendo o coito anal e chegando a pagar criados para sodomizá-lo publicamente em suas orgias, das quais a primeira mulher, Renné de Sade, teria participado. Atualmente, estudiosos da cultura e da literatura, como o sociólogo Ottaviano de Fiore, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), compartilham a opinião de Simone de Beauvoir, creditando o comportamento e a imaginação literária do autor de '120 Dias de Sodoma' a neuroses relacionadas a parafilias, como o gosto pelo lixo e pela sujeira, que na ficção sadeana desembocam na apologia do crime e na erotização da fealdade e das mais atrozes torpezas. "A crítica que faço à pergunta de Simone de Beauvoir é que, posta em sua época, ela remete à visão de seres humanos descontínuos,isto é, não vê, como atualmente se vê, um continuum humano, mas vê um mundo repartido em que gays e outras minorias seriam descontínuos em relação a um padrão de ser humano dito normal, isto é, o gay seria o outro, que não partilharia da mesma condição humana, ponto de vista hoje considerado preconceituoso e racista, pois o padrão de ser humano mudou", afirmou Ottaviano de Fiore.

Velhice e legado

Na velhice, já separado de Renné, sua primeira mulher, mas, como sempre, preso por causa de suas idéias e de seu comportamento libertino, foi amparado pela atriz Marie-Quesnet, que mudou-se com ele para o Hospício de Charenton. Nessa época, sob o olhar tolerante de Marie-Quesnet, enamorou-se da filha de uma carcereira que tinha 14 anos quando o conheceu. Todos esses fatos estão rigorosamente documentados por Gilbert Lely, o mais importante biógrafo de Sade, compilador de suas cartas e autor do clássico 'Vida do Marquês de Sade'.
Sade morreu aos 74 anos, amado por duas mulheres, com quem planejava produzir peças teatrais pornográficas quando um dia saísse do hospício.[carece de fontes?]

Obras

Ilustração do seu livro Juliette em 1800.

 Cinema

Muitos filmes foram feitos sobre o autor e sobre a teoria de suas obras.
aline et valcour
  • Lunacy (2005) do diretor Jan Švankmajer.

 Cronologia

  • 1740 - Nasce em Paris em 2 de junho. Vive dos quatro aos dez anos de idade no Comtat-Venaissim.
  • 1750 - Estuda no Collège Louis-le-Grand e também com preceptor particular.
  • 1754 - É admitido na Escola da Cavalaria Ligeira.
  • 1755 - Torna-se subtenente do regimento de infantaria do rei.
  • 1757 - É promovido a oficial. Tem início a Guerra dos Sete Anos.
  • 1759 - Torna-se capitão do regimento de cavalaria de Bourgogne.
  • 1763 - É desmobilizado e casa-se com Reneé-Pélagie de Montreuil. Passa quinze dias na prisão de Vincennes por "extrema libertinagem".
  • 1764 - É recebido pelo parlamento de Bourgogne no cargo de lugar-tenente geral das províncias de Bresse, Bugey, Valromey e Gex.
  • 1765/1766 - Mantém relacionamentos públicos com atrizes e dançarinas.
  • 1767 - Falece o conde de Sade, seu pai, e nasce o seu primeiro filho, Louis Marie de Sade.
  • 1768 - Primeiro grande escândalo: a mendiga Rose Keller processa o Marquês por maus tratos, em Arcueil. Sade é detido em Saumur por quinze dias, e depois em Pierre-Encise, perto de Lyon, por sete meses. Festas e bailes sucedem-se em seu castelo de La Coste, na Provence.
  • 1769 - Nasce seu segundo filho, Donatien Claude Armand de Sade.
  • 1771 - Nasce sua filha, Madeleine Laure de Sade.
  • 1772 - Segundo grande escândalo: em Marselha, quatro prostitutas processam Sade e seu criado Latour por flagelações, sodomia e ingestão forçada de uma grande quantidade de cantárida (pó de asas de besouros africanos, capaz de provocar estado de excitação sexual no homem e na mulher) afrodisíaco. É condenado à morte por sodomia. Foge para a Itália. Na cidade de Aix-en Provence, a 12 de setembro, é executado junto com Latour em efígie (isto é, bonecos simbolizando Sade e seu criado foram publicamente executados, na ausência dos verdadeiros réus). Detido em Chambéry, é encarcerado em Miolans, na Savoie.
  • 1773 - Foge em Miolans. Sua sogra, madame de Montreul, obtém licença do rei para prendê-lo e confiscar seus documentos, mas sem resultado.
  • 1774 - Isola-se em seu castelo em La Coste.
  • 1775 - Organiza diversas orgias em seu castelo. Risco de novo escândalo. Foge novamente para a Itália.
  • 1776 - Volta à França.
  • 1777 - Falece sua mãe, madame de Sade. É capturado em Paris e encarcerado em Vincennes.
  • 1782 - Finaliza o Dialogue entre un prêtte et un moribond.
  • 1784 - É transferido para a Bastilha.
  • 1785 - Conclui Les Cent vingt journées de Sodome.
  • 1787 - Redige contos e pequenas histórias.
  • 1788 - Escreve Eugénie de Franval e Justine, Les infortunes de la ventu. Organiza um catálago de suas obras.
  • 1789 - Provavelmente neste ano, conclui Aline Et Valcour. É transferido precipitadamente para Charenton, na noite de 3 de julho para 4 de julho. Com a tomada da Bastilha, são pilhados seus documentos e bens pessoais.
  • 1790 - É libertado de Charenton. Inicia sua ligação com Marie-Contance Quesnet, que não mais o abandonará.
  • 1791 - Publica clandestinamente Justine ou Les malheurs de la vertu. Escreve seu primeiro texto político. É também o ano da primeira montagem de Oxtiern.
  • 1792 - O castelo de La Coste é pilhado. Le Suborneur é levado à cena, sem sucesso.
  • 1793 - Redige novos textos políticos. É mais uma vez acusado e detido.
  • 1794 - Prisioneiro em Carmes, Saint-Lazane, na casa de saúde de Picpus. É condenado à pena de morte e posteriormente liberado.
  • 1795 - Publica clandestinamente La philosophie dans le boudoir e, oficialmente, Aline et Valcour.
  • 1796 - "Oxtiern" é levado novamente à cena, agora em Versalhes, onde seu autor vive de forma muito modesta. A ele cabe o papel de Fabrice.
  • 1800 - Publica oficialmente Oxtiern e Crimes de l'amour, e, clandestinamente, La nouvelle Justine.
  • 1801 - É detido na editora Massé, que publica suas obras, onde também ocorre a apreensão da edição ilustrada em dez volumes de La nouvelle Justine e também de Juliette. Permanece preso em Saint-Pálagie e depois em Bicêtre.
  • 1803 - A família obtém suas transferência para Charenton, onde ele passa a organizar espetáculos com os "loucos", que se tornam atração para visitas da aristocracia parisiense.
  • 1807 - Escreve Journées de Florbelle. Os manuscritos desse livro, apreendidos em seu quarto, seriam queimados em praça pública por seu próprio filho, depois de sua morte.
  • 1813 - Publica oficialmente La Marquise de Gange
  • 1814 - Morre em 2 de dezembro, em Charenton.